terça-feira, 10 de março de 2015

Fusão e dança do ventre

A bailarina convidada desta vez é a Helo Fernandes, que trás dicas muito legais sobre fusão, ela mesma já fez várias, e todas sempre ficam muito boas. Aproveitem esse conteúdo e inspire-se.

Cada vez mais comum assistirmos bailarinas, escolas e grupos de dança fazerem uma apresentação de dança “fusão”. Dessa maneira, tal “categoria” de dança tem estado mais presente no meio artístico, ganhando maior visibilidade e claro, novas bailarinas interessadas em dança-la também...

Sendo assim, faz-se necessário falarmos a respeito de informações importantes para que nossa dança seja enriquecida e alcancemos nosso objetivo de fusionar a dança.

Partindo do princípio, o que vem a ser a fusão dentro da dança do ventre? A fusão na dança é a mistura da dança do ventre com elementos de outra modalidade de dança, traduzindo-os em conjunto para formar uma única dança.

Podemos citar como exemplo a fusão da dança do ventre com ballet, jazz, contemporâneo, ritmos brasileiros, africanos, indianos, ciganos, argentinos, espanhóis, entre vários outros.

Para que essa “mistura” fique “homogênea”, é necessário conhecermos as duas modalidades que queremos misturar, tanto na dança do ventre quanto na outra. Precisamos ter o conhecimento técnico, teórico e prático da dança para que ambas façam sentido.

Como já dito, a fusão traz elementos de dois ou mais estilos traduzindo-os em uma única, porém com um PROPÓSITO. Precisamos ter clareza da mensagem que desejamos passar quando escolhemos nossa dança. Qual o meu objetivo? O que desejo que o público perceba ou sinta quando assistir a minha dança? E, o primordial: qual estratégia utilizarei para demonstrar durante minha apresentação para demonstrar que estou utilizando estilos de danças diferentes numa única coreografia?

Tais questionamentos precisam nos nortear na construção de nossa apresentação. Dessa maneira nossa dança será clara, limpa e conseguirá passar ao público a mensagem que idealizamos internamente. Além de ser o fator que irá distinguir a dança fusão da dança livre, visto que essa segunda não necessita exatamente ter clara as origens dos movimentos ou musica escolhidas, já que por definição sua execução é “livre”.

Não é necessário fazer uma mixagem entre músicas (mas também não é errado, pode-se fazer se houver o desejo), basta que a música escolhida consiga trazer elementos dos dois estilos musicais que queremos trabalhar.

Também não precisamos ficar mudando os passos incessantemente para mostrar o quanto sabemos de ambas as danças. Podemos apenas fazer alusão a uma delas, ou, se a música permitir, brincar com ambas de acordo com as mudanças rítmicas da música.

O video abaixo é um exemplo de fusão,  uma coreografia da Bailarina  Cristina Antoniadis, com  apresentação da Cia de danças Pandora, onde inclusive a Helô faz parte.



Por fim, acredito que o maior segredo para uma boa dança fusão (e para as outras também), é a entrega; É permitir-se criar e divertir-se com os resultados. Quando a dança vem do coração, ela já está destinada a ser cativante! Então, aproveite seus conhecimentos com outras modalidades de dança, entregue-se a arte e divirta-se!


Helô Fernandes
 Bailarina, professora de dança,  estuda danças árabes há 12 anos, se especializou em danças orientais pelo curso de formação Pandora Danças, reconhecido pelo Icarabe. Estudou também danças brasileiras, dança criativa, latinas e street dance, com pós graduação  em dança e consciência corporal.  
                            Contato: helo.fernandess@hotmail.com


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