A bailarina convidada desta vez é a Helo Fernandes, que trás dicas muito legais sobre fusão, ela mesma já fez várias, e todas sempre ficam muito boas. Aproveitem esse conteúdo e inspire-se.
Cada vez mais comum assistirmos bailarinas,
escolas e grupos de dança fazerem uma apresentação de dança “fusão”. Dessa
maneira, tal “categoria” de dança tem estado mais presente no meio artístico, ganhando
maior visibilidade e claro, novas bailarinas interessadas em dança-la também...
Sendo assim, faz-se necessário falarmos a
respeito de informações importantes para que nossa dança seja enriquecida e
alcancemos nosso objetivo de fusionar a dança.
Partindo do princípio, o que vem a ser a fusão
dentro da dança do ventre? A fusão na dança é a mistura da dança do ventre com
elementos de outra modalidade de dança, traduzindo-os em conjunto para formar uma
única dança.
Podemos citar como exemplo a fusão da dança do ventre
com ballet, jazz, contemporâneo, ritmos brasileiros, africanos, indianos,
ciganos, argentinos, espanhóis, entre vários outros.
Para que essa “mistura” fique “homogênea”, é
necessário conhecermos as duas modalidades que queremos misturar, tanto na
dança do ventre quanto na outra. Precisamos ter o conhecimento técnico, teórico
e prático da dança para que ambas façam sentido.
Como já dito, a fusão traz elementos de dois ou
mais estilos traduzindo-os em uma única, porém com um PROPÓSITO. Precisamos ter
clareza da mensagem que desejamos passar quando escolhemos nossa dança. Qual o
meu objetivo? O que desejo que o público perceba ou sinta quando assistir a
minha dança? E, o primordial: qual estratégia utilizarei para demonstrar
durante minha apresentação para demonstrar que estou
utilizando estilos de danças diferentes numa única coreografia?
Tais questionamentos precisam nos nortear na
construção de nossa apresentação. Dessa maneira nossa dança será clara, limpa e
conseguirá passar ao público a mensagem que idealizamos internamente. Além de
ser o fator que irá distinguir a dança fusão da dança livre, visto que essa
segunda não necessita exatamente ter clara as origens dos movimentos ou musica
escolhidas, já que por definição sua execução é “livre”.
Não é necessário fazer uma mixagem entre músicas
(mas também não é errado, pode-se fazer se houver o desejo), basta que a música
escolhida consiga trazer elementos dos dois estilos musicais que queremos
trabalhar.
Também não precisamos ficar mudando os passos
incessantemente para mostrar o quanto sabemos de ambas as danças. Podemos apenas
fazer alusão a uma delas, ou, se a música permitir, brincar com ambas de acordo
com as mudanças rítmicas da música.
O video abaixo é um exemplo de fusão, uma coreografia da Bailarina Cristina Antoniadis, com apresentação da Cia de danças Pandora, onde inclusive a Helô faz parte.
Por fim, acredito que o maior segredo para uma
boa dança fusão (e para as outras também), é a entrega; É permitir-se criar e
divertir-se com os resultados. Quando a dança vem do coração, ela já está
destinada a ser cativante! Então, aproveite seus conhecimentos com outras modalidades
de dança, entregue-se a arte e divirta-se!
Helô Fernandes
Bailarina, professora de dança, estuda danças árabes há 12 anos, se especializou em danças orientais pelo curso de formação Pandora Danças, reconhecido pelo Icarabe. Estudou também danças brasileiras, dança criativa, latinas e street dance, com pós graduação em dança e consciência corporal.
Contato: helo.fernandess@hotmail.com
Contato: helo.fernandess@hotmail.com
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